A Petrobrás, durante três décadas, investiu bilhões de reais e desenvolveu tecnologia inexistente no mundo para chegar ao pré-sal. O polêmico PL 309/09, que autoriza o Poder Executivo a criar a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A (Petro-Sal), está na ordem do dia no Senado e pode ser votado a qualquer momento.
O governo muda a lei do petróleo e introduz no pré-sal a partilha, substituindo a concessão, e nessa lógica tem que ser criada uma nova empresa. Ficaria até suspeito a Petrobrás gerenciar e participar dos leilões de partilha, essa é a principal justificativa do governo para criar a Petro-Sal.
Esse é o cenário montado pelo governo e o Congresso Nacional para nos convencer da importância da nova empresa. É como se o governo tivesse dando satisfação a alguém. Ou dando uma contrapartida a um país ou empresa que tivesse contribuído para a descoberta do pré-sal.
Mas, no cenário real, a descoberta do pré-sal se deve exclusivamente à Petrobrás. Outra desculpa para entregar 70% de nosso ouro negro às multinacionais, seria a questão de conseguir financiamento para produzir nessas áreas. Não precisa ser economista para saber que não existe moeda mais forte que o petróleo.
Por isso a PL 5891/09 dos movimentos sociais é contra a criação de uma nova empresa, muito pelo contrário, defende o fortalecimento da Petrobrás 100% estatal e pública, assim como a volta do monopólio estatal do petróleo.
E para quem não conhece a geopolítica do petróleo, mais de 70% das reservas de petróleo no mundo estão em mãos de estatais e em maioria monopolista. Politicamente, criar uma nova empresa é punir a Petrobrás (e o povo brasileiro), tirando de seus braços seu filho mais pródigo que é o pré-sal.
O maior dos absurdos é ver a diferença de tratamento. Internacionalmente, a Petrobrás é reconhecida e foi várias vezes premiada. No Brasil, recebe um castigo: criam uma nova empresa para administrar o pré-sal!
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