sábado, 3 de novembro de 2012

A grande mídia no Brasil pratica a picaretagem

A mídia não tem nenhum controle, nem estatal, nem social, apesar de constituírem concessões públicas. No Brasil, onde as agências reguladoras controlam as principais atividades econômicas, na mídia prevalece a vontade do dono. O governo renova periodicamente as concessões, que, apesar de públicas, ninguém conhece o conteúdo desses contratos, principalmente o valor pago por essas concessões. Tudo leva a crer que os governantes se sentem impotentes para impor qualquer cláusula nesses contratos. Haja vista que o governo Chávez na Venezuela, onde vigora o mesmo regime concessionário do Brasil, simplesmente não renovou o contrato da principal emissora dela, pelos péssimos serviços prestados pela TV ao país. Chávez foi acusado de ter fechado a emissora, também de prática de censura, ditador etc. talvez por isso ninguém ouse questionar as concessões midiáticas no país. Na realidade a mídia no Brasil funciona como um poderoso chefão, intocável. Não podemos esquecer que a mídia é o quarto poder da República e o primeiro em poderio. Ninguém sabe quanto paga cada concessionária, mas sabemos que qualquer anuncio no horário nobre no rádio ou na televisão é vendido a peso de ouro. Como estamos num país pobre, carente de políticas públicas e as empresas de comunicação se intitulam acima do bem e do mal, que tal, se o governo ou as empresas informassem à sociedade quanto pagam essas empresas pela concessão? No país da ficha limpa; da lei da responsabilidade Fiscal; da lei seca; da lei Maria da Penha; da lei do divorcio, da lei eleitoral, etc,a mídia funciona como um território sem lei. Quando é que vamos ter uma lei que regule as telecomunicações impondo o controle, estatal ou social, e fixando valores como temos em qualquer atividade econômica e principalmente em se tratando de uma concessão pública? Como a mídia pratica a lei do Gerson, e “querem levar vantagem em tudo” e deles ninguém espera um gesto altruísta, e também são eles que controlam os meios de comunicações. Vale aquela frase do assaltante à mão armada: “ Perdeu parceiro!”. Artigo enviado para publicação nos jornais: O globo, Folha, Estadão, JB e nas revistas Época e Veja no dia 02/10 RIO DE JANEIRO, 02 de outubro de 2012 Nome: Emanuel Cancella;

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